Um
texto vai além de códigos simbólicos ou grafemas que devem ser
decodificados, a sua função é muito mais ampla, pois permite uma
interação com o autor e desperta no leitor aambição de interpretar
aquilo que se lê. Um texto pode ser considerado uma manifestação
linguística das ideias de um determinado autor; é capaz de criar uma
comunição entre o autor e o leitor, e a partir disso será possível que
o estudante de determinado texto compreenda o significado do mesmo
usando o seu próprio conhecimento linguístico e de mundo. É possível
experimentar um pouco de cada sentimento ao ler algo que se gosta ou não
gosta, é possível criar um novo texto, saborear cada palavra e sentir
na alma cada compreensão ali identificada. Em suma, todo texto é
mágico, pois propicia a difusão de novos discursos e formas de
aprendizado.
Os
leitores já vêm com algumas capacidades que a escola ajuda a
desenvolver, como por exemplo: conhecer o alfabeto, saber ler conhecendo
as palavras, entre outros. Essas são capacidades desenvolvidas no
anos iniciais da escola, mas não são suficientes para que o aluno possa
ler e compreender um texto. Outro aspecto primordial que Roxane cita em seu texto é
compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas, o leitor
precisa dominar as convenções gráficas; Conhecer o alfabeto;
Compreender a natureza alfabética do nosso sistema de escrita; Dominar
as relações entre grafemas e fonemas; Saber decodificar palavras e
textos escritos; Saber ler reconhecendo globalmente as palavras;
Ampliar a sacada do olhar para porções maiores de texto que meras
palavras, desenvolvento assim fluência e rapidez de leitura. Ler um
texto não serve apenas para decodificar grafemas e fonemas é ir muito
mais além do que ser alfabetizado. O texto envolve conhecimento de
mundo, conhecimento lingüístico que são aspectos que se enquadram no
ato de cognição, portanto, o leitor necessida colocar em prática essa
capacidade básica para conseguir administrar algumas estratégias de
leitura.
A compreensão de texto envolve o leitor e o texto, e a partir disso é possível “descobrir muitas capacidades mentais de leitura”. Ultimamente, como explica Roxane, a “leitura é vista como um ato de se colocar em relação um discurso (texto) com outros discursos anteriores [...]”, em
outras palavras, é possível criar novos textos a partir de uma
leitura, a capacidade discursiva e lingüística estão envolvidas neste
processo que leva o leitor a compreender melhor o significado de ler.
Uma das capacidades necessárias é ter um conhecimento de mundo para que
a compreensão de texto tenha um significado, mas é possível encontrar
casos de que o leitor não compreender o “mundo” que o autor revela e
quando há esse conflito, quando tudo parece fugir do contexto é preciso
usar outras estratégias para sanar esse “vazio”. É preciso que o leitor
“enfrente” o que está lendo, ou seja, que argumente e levante novas
possibilidades, para que assim possa desenvolver um texto discursivo.
Outro fator importante é a intertextualidade, a partir desse processo o
leitor pode desenvolver maiores compreensões, ou seja, buscando em
outros textos uma nova compreensão. É possível identificar que o autor
deixa várias pistas no decorrer do texto, justamente para que o leitor
interaja com as palavras entrelinhas e saiba identificá-las.
É
muito importante que tudo que envolva o texto seja analisado, como
título, figura, autor, tema, todos esses elementos ajuda leitor a obter
uma compreensão com significado. Essa é uma das melhores estratégicas
para se construir os sentidos de um texto. De acordo com Roxane, "Ao
ler, replicamos ou reagimos ao texto constantemente: sentimos prazer,
deixamo-nos enlevar e apreciamos o belo na forma da linguagem [...] E
isso pode inclusive interromper a leitura [...]", sendo assim, é
muito importante que o leitor obtenha foco em sua leitura, sem deixar
que um sentimento seja capaz de transportá-lo a outro lugar que fuja da
devida compreensão.
E por fim, uma das estratégias que mais contribui para a síntese resultante da leitura é a generalização exercida sobre enumerações, redundâncias, repetições, exemplos, explicações etc. Ou
seja, não é possível guardar tudo o que se lê, mas é possível se
lembrar de pequenos pontos marcantes, assim o leitor anota aquela
informação que julga importante e a partir daí consegue desenvolver uma
síntese daquilo que se leu, podendeo então concluir a sua compreensão.
Escrito por Juliana Mingorancia
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